O claro-escuro exerce uma poderosa repercussão no nosso imaginário. Os pintores renascentistas foram mestres nessa técnica de contrapor SOMBRA e LUZ para criar climas singulares, despertando sentimentos primordiais no observador. Em tradução cinematográfica, algumas obras são exemplares na articulação desses recursos expressivos. Elas se inserem nos movimentos de vanguarda da primeira metade do século passado, entre eles, o Expressionismo alemão e o film noir norte-americano. No geral, são filmes cuja temática gravita em torno do mal, do funesto, do macabro, do fantástico, do crime, do desequilíbrio. O uso das sombras, com toda sua carga misteriosa formulada ao longo da existência humana, desliza perfeitamente na narrativa, contribuindo para um clima e um aprofundamento das idéias propostas pelo diretor, e repercutindo na psique do espectador.
As significações das imagens em claro-escuro são expressas esteticamente através de um contraste escuro/fotografia brilhante. Impregnadas de subjetividade e de magia, compensa a ausência de uma realidade óbvia, mas o cinéfilo, ao se identificar com os jogos de sombra e luz e com as formas que se configuram na tela ou na fotografia estática, põe em movimento suas projeções-identificações mais íntimas. Celebrando a beleza perene da LUZ e da SOMBRA no cinema, alguns formosos retratos publicitários de estrelas da era de ouro de Hollywood:
merle oberon |
sylvia sidney |
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